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As 10 Competências do Profissional do Futuro

Apresentado por Bernhard Scholz no 8º Fórum Nacional da Cdo 2019

Tradução: Luca Novara - Revisão: Giovanni Vecchio.

Diagramação do PDF & EPUB: Cássia Souto | cassiasouto@gmail.com

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  • Acima os links para PDF e EPUB da integra da Apresentação.

  • Abaixo o resumo apresentado originalmente em nosso instagram @cdo_brasil


“Então eu quero mostrar para vocês as 10 competências transversais que nasceram dos vários órgãos – Fórum Econômico Mundial, Comissão Europeia, UNESCO, OCDE – e que convergem no fato de que no futuro quem trabalha precisará dessas 10 competências. Vou mostrar uma por uma, fazendo uma premissa. Vamos olhar individualmente para elas, mas no final, no olhar de conjunto, a gente precisa entender que o verdadeiro desafio não é a competência individual, mas o conjunto das competências na pessoa. É importante não o mix dessas competências, mas a integração dessas competências.”


01. “A mais banal: é preciso ter competências digitais de base. Isso é tão óbvio que vocês entendem. A gente precisa saber usar um celular, aquele pouquinho de programação, para quem vai mais à frente. Mas a coisa estranha é que os nativos digitais já têm isso no sangue. É tão intuitivo que eles quase aprendem sozinhos a usar essas coisas. No YouTube tem um vídeo muito interessante de um garoto, um bebê que chega engatinhando na frente da televisão, ele não sabe andar ainda e tenta aumentar a televisão, porque ele acha que é um iPad. Estamos acostumados a ver neste mundo que eles crescem assim. Mas esta parte é menos interessante por ser um pouco óbvia.”

02. “Este ponto é menos óbvio: a capacidade de resolver problemas juntos, de forma colaborativa. A nossa cultura, por agora, sempre ensinou que quando existe um problema ele precisa ser enfrentado sozinho. Mas o fato de que, quando existe um problema, você pede ajuda, um suporte, você se compara, isso não é óbvio, não é habitual. Por quê? Porque nós estamos acostumados a ver nas nossas capacidades de desenvolver e resolver os problemas, a autoafirmação: “Eu sou capaz de resolver o problema, eu resolvo!”. Parece-nos uma diminuição, quase uma humilhação, se para resolver um problema eu preciso pedir ajuda. E por isso, o que parece coisa banal, necessita uma mudança cultural muito grande. Ou seja, muitos desses itens pedem uma mudança cultural, porque não são assim tão banais.”


03. Isso requer tomar iniciativa, que é uma outra mudança cultural. Parece estranho, mas tem uma tendência de você entender o trabalho como execução daquilo que alguém te pediu. Você trabalha porque alguém pediu para você fazer coisas. Mas agora é cada vez mais necessário que você tome a iniciativa e não espere que alguém lhe peça o que você tem que fazer. Vamos pegar o exemplo da irrigação ou da fertilização. Você trabalha num sistema de irrigação automatizada – inteligência artificial, análise do solo, das nuvens, prognósticos da terra, etc.. O seu chefe não entende absolutamente nada, ele não pode entender isso, é você que entende. Se a inteligência artificial, por exemplo, não consegue analisar bem a terra debaixo da planta, essa é uma coisa que depende de você. Se você não toma a iniciativa, fica assim. A complexidade daquilo que dissemos antes faz com que qualquer chefe tenha uma tendência a entender cada vez menos das tarefas do seu trabalho, que são cada vez mais especializadas… É você que entende, os outros não entendem. Se sobre isso você não tem nem o tempo de se dedicar, se você não toma iniciativa, é sua responsabilidade, a coisa permanece ali. Ninguém mais vai descobrir, senão por um acaso, anos depois. Ou seja, existe um potencial de tal dimensão e uma vasta gama de possibilidades de erros que dependem de você descobrir, enfrentar e superar, depende tudo de sua iniciativa para não cometer erros ou para desenvolver potenciais.


04. Este é um outro exemplo de que a ideia de alguém ter que te dizer o que fazer para você executá-lo, acabou. Não existe mais uma cadeia de comando. Neste mundo do trabalho, só uma coisa é compartilhada: o escopo; o resto é seu. Eu visitei uma empresa que faz análise do DNA. Eles precisavam dizer quantos remédios a pessoa devia tomar para reduzir as possibilidades de ficar com câncer. Eu vi alguns computadores que fazem essas coisas e o chefe não entendia absolutamente nada. Toda a empresa dependia dos trabalhadores assumirem suas próprias responsabilidades, porque você como chefe pode não mais saber nada. Ford, ele ainda sabia tudo e podia dizer ao trabalhador o que fazer. Isso hoje não é mais possível. Por isso você precisa tomar a iniciativa, aprender a aprender. Ontem à noite, já falamos sobre isso. Os conhecimentos que temos hoje serão necessários durante alguns meses ou anos, depois não serão mais necessários, já serão superados. Um exemplo simples: hoje uma pessoa que trabalha no banco precisa ter a competência de gerenciar aquilo que uma vez fazia de forma muito repetitiva, com sistemas informáticos; e esses sistemas informáticos estão em contínua evolução. Porque o internet banking que nós usamos, do outro lado necessita de novas competências para quem trabalha no banco. Nós também precisamos de novas competências. Então é preciso aprender continuamente. Não estou falando dos “máximos sistemas”, falo de pessoas que trabalham no banco como funcionários.


05. Comunicação e consciência social, pois esses sistemas, sejam quais forem, pedem uma qualquer interação. Vou fazer um exemplo muito simples. A um certo ponto, durante a produção do Airbus de 10 anos atrás, teve um grande atraso na produção. Vocês sabem por que? Aconteceu o seguinte: em um avião tem alguns cabeamentos – hoje tem menos, mas tinha muitos cabos, muitos fios –. Os engenheiros que projetaram o avião, enquanto estavam desenvolvendo mediram que a espessura dos cabos aumentava na direita e na esquerda. Isso teve como consequência que quem fazia os interiores descobriu que as cadeiras e as coberturas não cabiam mais. Então era necessário reprojetar todo o interior do avião porque a espessura dos cabos tinha aumentado. Problema de comunicação: os engenheiros que faziam os cabos não falavam com os engenheiros dos interiores. E disso está cheio nas empresas.

Desses exemplos eu posso falar um monte, porque quanto mais o trabalho se especializa, mais aumenta a necessidade de comunicar entre os especialistas. Num hospital, por exemplo, no caso de um incidente tem o ortopedista, o que opera o crânio, o que faz cirurgia plástica, o que opera o pulmão; se eles não se falam, é um problema. E muitas vezes não se falam, infelizmente. Portanto, vocês podem olhar para onde vocês querem, mas o aumento da especialização requer o aumento da capacidade de comunicar, da capacidade de se colocar no lugar do outro. Quem faz os sensores precisa falar com quem faz os computadores; quem faz os computadores precisa falar com quem faz a conectividade; e quem faz a conectividade precisa falar com quem faz a recepção, quem faz a análise dos dados e assim por diante. Por isso, mais a gente se especializa, mais a gente precisa se comunicar.

A tudo isso se soma a diversidade cultural, porque se você tem um engenheiro chinês, um engenheiro de São Paulo, um engenheiro de Berlim, olha que não é banal. E se eu não levo em consideração essa diversidade, eu também posso criar grandes problemas. Por isso precisamos começar a interagir na diversidade cultural, senão, o trabalho se torna uma pretensão. Eu pretendo que você se comporte como eu quero, mas talvez a sua cultura seja muito diferente. E por isso a capacidade de se colocar no lugar do outro, ainda mais quando tem um contexto cultural diferente, é fundamental. Darei outro exemplo dessa diversidade cultural no final.


06. Resiliência. Esta é uma palavra muito na moda, sabem o significado? Vem da física. A resiliência é a capacidade de um metal de voltar à sua forma original depois de ter tido impacto externo. Essa palavra da física foi introduzida no mundo dos soft skills por uma razão simples: enquanto você trabalhar, é inevitável que você tenha contragolpes. O mundo não vai como você quer. E diante desse fato muitas pessoas reagem com raiva, se lamentando ou então com resignação. Isso quer dizer que na substância o problema gera um dano para a pessoa, na colaboração e depois também no resultado. A resiliência é a capacidade de enfrentar de forma positiva um contragolpe negativo. Isso requer uma posição humana muito importante, porque a tendência de deixar-se dominar pelo problema é muito difundida, já que a resiliência lhe pede para enfrentar o problema e não de forma passiva. E por que isso se tornou tão importante? Porque nesses desenvolvimentos tão complexos, aumentou a quantidade de interferências, de erros, de imprevistos, de coisas que a gente não sabia. E tendo você que interagir com todas essas pessoas para desenvolver os mecanismos que geralmente são compostos por grandes times, é inevitável que de vez em quando exista um conflito, ocorra um problema. Quando você trabalha sozinho ou com um pequeno grupo, é menos provável que isso aconteça. Acontece também, mas é menos provável, mas nesses outros contextos é muito frequente. Por isso, visto que trabalhamos com tantos grupos juntos, com tantas pessoas que interagem, a resiliência se torna uma coisa importante.


07. Inteligência social. Quer dizer, a partir da palavra “inteligência”, que quer dizer “ler dentro”, que eu tenho que me tornar cada vez mais capaz de ler, em um contexto social, o que está acontecendo e por quê está acontecendo. Por exemplo: de manhã eu entro no escritório e vejo que o clima não está bom. A inteligência social me faz dizer: “O que aconteceu e por quê?” Então eu preciso, cada vez mais, ler as situações sociais de relacionamento, preciso entender, quando uma pessoa está mal no trabalho, por que ela está mal, como intervir. Ou seja, todas as interações eu não preciso mais vivê-las “by the way”, mas eu preciso entendê-las e saber como enfrentá-las. E já que, neste mundo, as pessoas trabalham cada vez mais juntas (se vocês vão hoje em qualquer escritório, onde se desenvolvem esses sistemas que eu disse, vocês veem centenas e centenas de pessoas que trabalham juntas. E vocês sabem que trabalhar junto não é banal, não é fácil) é preciso também uma inteligência social de fato desenvolvida.



08. Criatividade. Criatividade quer dizer que eu preciso ter a capacidade de fazer alguma coisa nova, diferente. Aqui também vamos sair das lógicas de que alguém me diz o que fazer. Ou seja, quais são os potenciais.









09. Pensamento crítico. Isso quer dizer que eu preciso ter continuamente a capacidade de verificar se aquilo que estou fazendo está na estrada correta ou não. Vou dar um exemplo. Se você, na programação de uma cadeia de montagem completamente automatizada, comete um erro no começo, ele vai se propagar dentro, e só será descoberto depois de dois meses: você perdeu dois meses, porque precisa voltar atrás e fazer tudo de novo. Então é preciso fazer uma leitura crítica daquilo que estou fazendo, eu preciso verificar continuamente se aquilo que estou fazendo corresponde de fato ao que eu desejo. E preciso também da capacidade e do hábito de me deixar criticar, ou seja, de submeter ao juízo crítico de outros o que eu fiz. Se você faz uma avaliação no final, precisa ir ao outro e perguntar: “Está bom?” E o outro te diz: “Não, está ruim”. E você não precisa ficar bravo, mas dirá: “Tudo bem, vou mudar”. Este tema é meio parecido com o problem solving colaborativo, de que não gostamos muito.



10. Flexibilidade. Quer dizer que eu preciso ter capacidade de mudar, por tantas razões que agora não cabe dizer.












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